sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Polícia investiga possível gravidez psicológica em Americana, SP

Mulher de 20 anos descobriu que não estava grávida após cesariana. Jovem foi examinada diversas vezes por especialistas antes de 'parto'.
Jovem diz ter apresentado todos os sintomas de gravidez (Foto: Paulo Ricardo/Futura Press) A Polícia Civil abriu investigação nesta semana a respeito de uma possível gravidez psicológica ocorrida em um hospital em Americana, no interior de São Paulo. Na semana passada, a auxiliar de fiação Rosangela Aparecida dos Anjos, de 20 anos, que pensava estar com 9 meses de gestação, só descobriu que não esperava um bebê quando médicos fizeram uma cirurgia cesariana. O cartão de pré-natal da mulher mostra que ela passou por sete consultas. Três especialistas a examinaram até o “parto”. Outra médica chegou até a emitir uma carta de afastamento do serviço pelo motivo de gravidez. Em 5 de janeiro, depois de sentir dores abdominais, ela foi internada. O exame clínico apontou contração do útero, o que sugeriu trabalho de parto, e um enfermeiro fez a monitoração cardíaca. Com o diagnóstico de batimentos baixos, a equipe médica decidiu então realizar uma cesariana de emergência por acreditar que o “bebê” estava em risco. “Durante essa monitoramento, detectou-se que os batimentos do feto estavam bem baixos. Esses batimentos poderiam ser os batimentos da mãe”, afirmou o diretor clínico do hospital, Oscar Norio Kinsui. Após o procedimento, a equipe médica descobriu que não havia criança. No entanto, Rosângela garante que sentiu os sintomas de gravidez e fez o pré-natal. “Eles ouviam o batimento do bebê, eu também ouvia, eles mediam a barriga, me pesavam e falavam que estava tudo bem com o bebê.” Ela afirma que fez um exame de ultrassonografia em uma clínica de Santa Bárbara d´Oeste, também no interior, mas não apresentou o laudo. A direção da clínica diz que ela não compareceu para fazer exames. Segundo o hospital, Rosangela teve gravidez psicológica. Apesar disso, o centro médico abriu uma sindicância para apurar o que ocorreu. Diagnóstico psicológico A advogada da mulher, Fabiana Teixeira Alves, afirma que caso se comprove a gravidez psicológica, os médicos também fizeram um diagnóstico psicológico. “Os envolvidos nesse caso são dois obstetras, mais um radiologista e o médico que fez a cesariana. A gente tem provas de que eles afirmaram a existência dessa criança, um deu a licença à gestante inclusive, o que fez ultrassonografia falou que era menina e tem o médico que fez o pré-natal e o próprio médico que fez a cesariana. Ele escreveu no documento: sofrimento fetal", afirmou. A Delegacia de Defesa da Mulher em Americana abriu inquérito para investigar o caso. Rosangela foi ouvida e ficou de apresentar os exames. O delegado-assistente de Americana Robson Gonçalves de Oliveira não descarta nenhuma hipótese. “A gravidez psicológica é uma delas. Trabalhamos também com a hipótese de que, se houve realmente parto, pode ter acontecido alguma coisa com o feto.” fonte: Globo.com

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